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O Colar da Rainha é um romance histórico de Alexandre Dumas. Este livro é livremente inspirado no Caso do colar da Rainha, golpe ...

São Gonçalo e a Revolução Francesa.




O Colar da Rainha é um romance histórico de Alexandre Dumas. Este livro é livremente inspirado no Caso do colar da Rainha, golpe que movimentou a crônica política e judiciária da corte do rei Luís XVI de França e que comprometia sua esposa, a rainha Maria Antonieta, nos anos de 1780. 


Este caso foi um dos fatos agravantes que solaparam a reputação da monarquia e aceleraram a deflagração da Revolução Francesa.O cardeal de Rohan, Louis-René-Edouard de Rohan, príncipe bispo de
Estrasburgo, príncipe de Hildesheim, donatário da Alsácia, capelão real de França, comandante do Espírito Santo, comendador de Saint Waast d'Arras, Prior da Sorbonne etc., ter-se-ia apaixonado pela rainha Maria Antonieta, mulher do rei Luís XVI de França.

Louis-René-Edouardde Rohan, cardeal de Rohan (Paris, 25 de Setembro de 1734 -Ettenheim,16 de Fevereiro de 1803), príncipe de Rohan-Guemenée, foi bispo de Estrasburgo, político, cardeal católico e caçula francês da Família Rohan cuja origem remonta aos reis da Bretanha.

O que se conhece da intriga baseia-se, sobretudo, no que Rohan alegou na instrução do processo. Uma aventureira, a condessa Jeanne de Valois de la Motte, e um charlatão,Cagliostro, teriam convencido o cardeal de que possuiriam meios de fazê-lo cair nas boas graças da rainha. Maria Antonieta detestava e desprezava Rohan, desde que sua mãe, a rainha Maria Teresa de Áustria, dera para Versalhes a notícia da vida dissoluta e dos gastos que o cardeal fazia em Viena. 

Maria Antonieta
Rohan fora demitido de embaixador por intervenção da rainha, mas o cardeal, que tinha tanto de vaidoso como de imbecil, acredita que a sua paixão seria correspondida. Rétaux de Villette, amante da condessa, gigolô e um exímio falsário, forja cartas assinadas pela rainha e endereçadas ao cardeal. Combinam uma entrevista noturna, num bosque, com uma prostituta, Nicole d'Oliva, que muito se assemelhava fisicamente com a rainha. O cardeal julga ser a rainha e este emprestar-lhe 150 mil libras. Mais tarde, a prostituta pede-lhe novos empréstimos e que sirva de intermediário entre ela e os joalheiros Boehmer e Bossange na compra de um colar de diamantes no valor de 1,5 milhão de libras,que ela desejava ter mas, em segredo, para não alarmar o rei. Os joalheiros também são contactados com um pedido para que entreguem o colar a Jeanne para que esta o transmita à rainha. 

Luís XVI de França
Rohan aceita servir de intermediário na transação, chegando o colar às mãos da condessa de La Motte, que o vende em Londres com o auxílio do seu marido. Quando a fatura dos joalheiros chega ao palácio real, tudo se vai descobrir. O rei Luís XVI manda prender o cardeal Rohan, Cagliostro, a condessa e seus cúmplices: ao todo quinze pessoas.

O rei e a rainha exigem um processo público. Para explicar esta decisão, considerada insana pelos historiadores do passado, já que o casal real não estava diretamente implicado, o historiador Claude Manceron sugere que se tratava de pôr fim a rumores fazendo de Jeanne amante da rainha. Com efeito, como o cardeal, que conhecia muito bem a corte e não podia deixar de notar que a rainha ignorava Jeanne de la Motte em público, pôde acreditar que Maria Antonieta havia encarregado a condessa de negociar a compra do colar? Era bem possível que ele tivesse sido persuadido de que elas teriam um relacionamento homossexual em segredo, e teria sido espalhando este rumor que Jeanne teria persuadido às vítimas desta fraude. O grande intervalo ocorrido antes da consumação do casamento real já havia vazado e tornava aos olhos de muitos esta hipótese crível.

A instrução do processo foi longa e escandalosa. Os inimigos da rainha na corte aproveitaram para humilhá-la. O cardeal de Rohan pertencia a uma família cuja influência só ficava atrás da dos Bourbon, com rendas que ascendiam a um milhão e duzentos mil libras - o orçamento de um pequeno país.Mas a própria Sorbonne tomou posição pelo seu Prior e o cardeal Rohan acabou sendo libertado (bem como Nicoled'Oliva). Quando muito, teria sido ingênuo.   O Rei Luís XVI o enviou rapidamente para o exílio. Rétaux de Villette foi declarado culpado por falsificação e exilado, bem como Cagliostro. A Condessa de la Mottefoi declarada culpada e condenada a ser chicoteada e marcada a ferro em brasa com um "V" de "Voleur"("Ladrão"). 

No entanto, no momento da aplicação da pena, a condessa foi tão precipitada que o carrasco lhe aplicou o ferro no peito, provocando assim a compaixão pública. Ela foi condenada à prisão perpétua no"La Salpêtrière" de onde fugiu logo a seguir. O seu marido, Antoine-Nicolas de la Motte, cúmplice na venda dos diamantes em Londres, é condenado às galés à revelia, já que havia fugido para Londres.



Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan, primeiro e único visconde com grandeza de Beaurepaire-Rohan, (São Gonçalo, Sete Pontes, 12 de maio de 1812 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1894) foi um nobre, militar e henrique brasileiro. Foi filiado ao Partido Liberal. Filho de Jaques Antônio Marcos de Beaurepaire, conde de Beaurepaire e da anglo-portuguesa Maria Margarida Skeis de Rohan, filha de cônsul inglês que serviu no Rio de Janeiro. Seu pai foi marechal de campo do exército francês perseguido por Napoleão Bonaparte, tendo-se refugiado em Portugal e acompanhado D. João VI de Portugal quando da vinda da corte para o Brasil; prestou relevantes serviços à coroa portuguesa.



Sobre o Autor:

Sérgio Toledo Rodrigues
Sérgio Toledo Rodrigues é colaborador do Blog Tafulhar. É editor da Página do Facebook Amigos de São Gonçalo e Sua História, destinada a inserção de dados históricos sobre a cidade de São Gonçalo, pela busca de sua identidade, com participação dos verdadeiros amigos desta cidade.  Facebook: Sérgio Toledo

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