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Praça Estephânia de Carvalho (Popular Zé Garoto)*. 16/09/1975. Pedro. Jornal O Fluminense. In: ibid. Texto de Agliberto Mendes Pub...

Missão dada, Missão perdida

Praça Estephânia de Carvalho (Popular Zé Garoto)*. 16/09/1975. Pedro. Jornal O Fluminense. In: ibid.

Texto de Agliberto Mendes
          O projeto é antigo, perdido em uma longa e interminável fila que se arrasta,  subordinada aos afazeres do dia a dia. Mas agora, compromisso assumido  com a Papagoiaba, recebeu o carimbo de prioridade.

                   O ponto referencial de partida é o Colégio estadual  Nilo Peçanha (Nilo foi o primeiro Presidente mulato do Brasil). Mas antes, passo pela Praça do Zé Garoto (filho de portugueses, Zé Garoto doou o terreno para a construção da Praça). Nesse local fiz grandes amizades, como, por exemplo, o professor André Correia (como podem caber tantos projetos em uma cabeça de tamanho normal?), Wilson Tafulhar, sociólogo (grande parceiro) e Magno Santos, o fotógrafo de dedos leves.

                      Agora, sim. Estou na porta do Colégio. Do outro lado da Rua, à direita, o prédio do Fórum Antigo, onde, no passado, funcionou o armazém do Zé Garoto, à esquerda, a Pizzaria Ora Veja, palco de agradáveis conversas com o meu filho, Leonardo, regadas com cervejas geladas e pequenos pastéis. Entre um e outro, a residência do Professor Helter Barcellos, patrimônio cultural, ele, não a casa.

                     Mas, agora, preciso te contar a verdade, o projeto não deu certo, foi “abortado”. A ideia era visitar, 60 anos após, a rua e a casa aonde nasci. Ia tirar fotos, falar com os atuais moradores, mencionar os meus pais, eu na barriga de minha mãe, e construir um belo texto. Mas, ou a Rua não mais está lá ou mudou de nome, e não encontrei casa alguma com o número que consta em minha certidão de nascimento. Eu preciso muito da sua compreensão. Você não faz ideia de quantos dias e noites me ocupei, a digitar e corrigir esse texto em minha mente, além da procura infrutífera, do local, em dia de forte calor. Isso é trabalho, não pode ser desperdiçado. Roubando a ideia de um corrupto flagrado em grampo telefônico, “a vida de colunista também é muito difícil”. Receba essas linhas como “uma crônica que não deu certo”. Se foi útil para despertar em sua pessoa o desejo de visitar suas origens, foi bom. Agora, fala a verdade, se distraiu você por alguns momentos, valeu a pena, certo?



Você Sabia?

Praça Estephânia de Carvalho. Inauguração da fonte sonora e luminosa. 1961. Interessante notar a ligação da população com a praça Zé Garoto. A praça Estephânia de Carvalho é muito mais conhecida pelo nome popular de Zé Garoto do que pelo nome oficial. Tal denominação permaneceu como hábito arraigado entre a população e hoje, na maior parte dos casos, já não sabe-se mais a origem desta. No início do século passado havia naquela região um armazém de propriedade de um filho de português que era chamado de Zé Garoto. A popularidade desse indivíduo deixou sua marca com a identificação do local com sua alcunha. Há uma fotografia na Exposição que retrata o armazém do Zé Garoto e a praça 5 de Julho, nome anterior da praça Estephânia de Carvalho. (Praça 5 de Julho - atual Praça Estephânia de Carvalho. Ao Centro, armazém Zé Garoto. Década de 1930. Autor desconhecido. São Gonçalo. Cinqüentenário. In: ibid. Série: Panorâmica). 

Fonte: http://www.historiadesaogoncalo.pro.br/pra%E7a%20estephanea%20de%20carvalho%20legenda%2026.htm


Sobre o Autor:

Agliberto Mendes Agliberto Mendes é colaborador do Blog Tafulhar. É editor do Blog do Vovozinho e da Página do Facebook Registro Geral.  Facebook: Agliberto Mendes

2 comentários:

  1. Grande gênio das palavras. Que venham novas crônicas!!!

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    1. Que é isso, cara, o Blog do Tafulhar me certificando, upa lelê.

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