Segundo Homero Guião, a cidade de São Gonçalo foi o berço das antenas das Rádios Carioca. Exportamos notícias para França, Inglaterra, EUA e outros tantos países. Relata outro estudioso. Fomos matéria de capa do Jornal do Brasil e de um par de Jornais varonil. Valorizou seu Joaquim da padaria.
Eu explico a afirmação cretina. Em 100 anos de imprensa, nossos resultados consolidados são minúsculos: 1 Jornal Diário, 5 rádios comunitárias num total de 118 no Estado e apenas 35 mil conectados com banda larga numa cidade que supera 1milhão de habitantes*.
Por berço de formação, o Jornalismo nasceu para relatar, enaltecer e reproduzir a classe dominante e assim fizemos e reproduzimos. Da Imprensa Régia ao Jornal local. Do letreiro em neon as nossas faixas penduradas. Do Outdoor ao Lambe Lambe. Do minidoor às placas nos postes. A publicidade e comunicação por aqui ainda é coisa dos homens de Neandertal.
Frente ao atraso da sociedade no ato de se comunicar e aos parcos investimentos no setor, a sociedade civil procura alternativas para se informar: Sites empresariais e de relacionamentos, Blog coletivos ou pessoais, TVs pela internet e mídias escritas nos mais variados formatos. Este novo cenário estimula a transformação de um setor que nunca foi promissor e aponto novos profissionais.
Nosso século estabeleceu outro conceito no ato de manusear informações e os gonçalenses tem aproveitado ao máximo esta novidade. O modelo de Mídia Alternativa rompe o paradigma da reprodução em massa e passa a setorizar notícias e dar qualidade ao processo educacional- comunicativo pouco explorado.
A qualidade desta nova fase vai depender também da seriedade jurada em formatura, que sempre se prega e nunca se zela, e da seriedade frente a um processo ambíguo de autonomia. E que oremos ao Santo Ético como não oraram nossos ancestrais e ainda hoje não oram...
Que assim seja!
*Dados consolidados do Ministério das Comunicações
Sobre o Autor:
 | André Correia é colaborador do Blog Tafulhar. Formado em História pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj- FFP), Professor de História, Gestor Cultural, Editor da Folha alternativa e Projeto Alternativo, todos em São Gonçalo |
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